terça-feira, 12 de maio de 2009

A vida segue lá fora

Olho pela janela e penso seriamente em vender a alma a algum demónio ou ao diabo quem sabe, por umas horinhas vagas. Para pôr leituras e amigos em dia, para ver filmes rodeado de pipocas, para ir àquelas lojas cheias de livros, cd's e dvd's e outras coisas e estourar o cartão multibanco; para ver a lua, para dividir meias de leite, para pensar que posso ficar acordado até mais tarde e aproveitar a noite sem pensar que se calhar devia era ir dormir.

O pior de tudo é esta ausência de mim próprio que me afasta daqueles de quem gosto (tanto). Sinto falta de conversas lunáticas, de rir despreocupadamente, de fazer coisas espontâneas. Se por um lado penso que isto é importante profissionalmente falando, por outro penso que estou a perder coisas importantes e que um dia me vou arrepender seriamente de não ter prestado mais atenção a outros aspectos. Sou um pouco paranóico nestas coisas e tenho um medo tremendo de estar demasiado focado em coisas que não deveriam ser tão prioritárias. E tenho medo de acabar por ficar sozinho e tornar-me num velho solteirão e rezingão.

E agora... mais trabalho me espera.

Um comentário:

Anônimo disse...

A vida segue cá dentro também. Dentro das paredes e dentro de ti. Isto também é viver. Mesmo sem horinhas vagas.

Fica sabendo que mesmo sem te ver, gosto de ti. Muito, muito. E se depender de mim nunca vais ficar sozinho e rezingão (quanto ao solteiro, acho que posso arranjar umas quantas amigas solteiras que preenchem os teus requisitos) ;)

Beijo meu*